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Offshore construction platform for production oil and gas. Oil and gas industry and hard work. Production platform and operation process by manual and auto function from control room.

2019.06.02 Davi de Souza

Aggreko prepara novos investimentos impulsionada por demanda de óleo e gás

A Aggreko tem conseguido bons resultados em termos de negócios nos últimos anos, especialmente com a entrega de soluções industriais de refrigeração.

O mercado de óleo e gás, inclusive, tem ajudado a puxar essa demanda. Para o futuro, de acordo com o gerente da área de Rental da companhia no Brasil, Matteo Sarubbi, a previsão é de manter o ritmo, com uma projeção de crescimento de 25% no mercado de controle de temperatura em 2019. O executivo também detalha os planos de investimentos que estão traçados pela empresa. “Só neste ano, a Aggreko está investindo R$ 16 milhões em novas torres de resfriamento, chillers [resfriadores de água] e, na parte de geração, em unidades geradoras movidas a gás de médio porte”, disse o executivo. Sarubbi ainda acrescentou que existe uma disponibilidade de R$ 25 milhões adicionais caso alguns novos negócios específicos sejam fechados. “Temos negociações para contratos de longo prazo e de grande porte”, explicou.

O senhor pode detalhar um pouco sobre as aplicações das soluções de refrigeração da Aggreko para o mercado de óleo e gás?

Estamos operando no Brasil desde 2003. A primeira base de operação da Aggreko no país foi em Macaé (RJ), com foco no mercado de óleo e gás, principalmente para a parte de fornecimento de geradores. A empresa começou a entrar na área de refrigeração quando comprou a GE Energy Rentals, em 2006. Desde então, a empresa está se especializando na área de controle de temperatura.

A primeira aplicação, e mais simples, é a parte de refrigeração de ambiente, que é a montagem de grandes aparelhos industriais de ar-condicionado. Para a parte de offshore, isso acontece quando há a necessidade de manutenção no sistema de refrigeração ou de água gelada da plataforma. E aí entramos com nossos chillers, que são máquinas que geram água gelada. Em um complemento a esta aplicação, nós também fornecemos os air handlers, que são equipamentos que atuam com os chillers para jogar o ar frio para dentro de um determinado ambiente. Podemos fazer essas aplicações quando a embarcação está no offshore e também quando as unidades fazem manutenções em portos.

Quais são as outras aplicações?

Outra aplicação é a de refrigeração de espaço confinado. Alguns problemas comuns neste tipo de espaço são a qualidade do ar e a temperatura. Existem regulamentações que determinam o tempo que um funcionário pode ficar dentro de um espaço confinado, como tanques de combustível, tanques de água ou áreas fechadas da plataforma. Neste caso, nós montamos um sistema muito parecido com o sistema de ar-condicionado para injetar ar refrigerado dentro do ambiente. Isso possibilita que o funcionário trabalhe por um longo período de tempo em um espaço confinado, visto que o ar está sendo constantemente trocado e a temperatura controlada.

Também oferecemos soluções específicas, que dependem das necessidades dos clientes. Em qualquer processo em que os clientes precisam aumentar ou reduzir temperatura, conseguimos montar uma solução modular dedicada. 

Poderia nos contar alguns casos de uso destas soluções no mercado?

A Aggreko, na parte de soluções temporárias, é a única empresa na área de controle de temperatura que possui torres de resfriamento de pequeno, médio e grande porte para aluguel. Tivemos um caso recente de uma petroquímica em São Paulo, que não posso divulgar o nome, que ia parar uma de suas unidades por quase seis meses para fazer a troca das torres de resfriamento. Mas a Aggreko montou um sistema com oito torres de resfriamento, em paralelo com a instalação do cliente. Esse nosso sistema forneceu água gelada durante o período em que o cliente derrubou suas antigas torres de resfriamento e construiu duas novas torres, reduzindo o impacto na unidade.

Qual o diferencial da Aggreko neste mercado de refrigeração?

No mercado, existem muitas empresas com pequena capacidade de refrigeração. Porém, a Aggreko tem equipamentos que vão desde 133 toneladas de refrigeração até 500 toneladas de refrigeração. Você pode ainda colocar estes equipamentos em paralelo, um do lado do outro, aumentando ainda mais a capacidade de refrigeração. Não existe outra empresa no mercado que tenha esse volume de frota no Brasil.

Uma das vantagens das nossas soluções é moldar o nosso pacote à necessidade do cliente. Como a Aggreko trabalha com unidade móveis e modulares, conseguimos escalonar isso de uma forma muito fácil, juntando máquinas pequenas, médias ou de grande porte. Isso é favorável para o mercado, porque as empresas estão buscando eficiência. Hoje, o grande desafio é conseguir suprir os clientes sem parar as suas respectivas produções.

E como está a procura por parte do mercado por estas tecnologias?

Na realidade, cresceu muito desde a crise da Petrobrás, que buscou muito uma melhoria em seus processos. Ficou mais fácil vender soluções que resultem em redução de custos para a Petrobrás. Então, nos últimos quatro anos, essas aplicações cresceram bastante.

Para o onshore, essa demanda vai aumentar muito no pós-privatização das refinarias. Para a parte offshore, a demanda já existe. Sempre que sentamos em qualquer unidade operadora da Petrobrás, há muita curiosidade para entender o que a Aggreko consegue oferecer de melhoria de eficiência.

Existem negociações de novos contratos em andamento?

Com certeza, tanto para o mercado público quanto para o privado. Temos negociações para contratos de longo prazo e de grande porte. Só neste ano, a Aggreko está investindo R$ 16 milhões em novas torres de resfriamento e chillers e, na parte de geração, em unidades geradoras movidas a gás de médio porte. Existe uma disponibilidade de R$ 25 milhões adicionais caso alguns contratos específicos sejam fechados.

Quais são as previsões de crescimento?

De 2017 para 2018, especialmente para o mercado de refrigeração, vimos um crescimento de 35%. E para 2019, esperamos crescer no mercado de controle de temperatura mais 25% em cima do crescimento do ano anterior. O que enxergamos é que no pós-crise da Petrobrás, o mercado offshore se estabilizou. Ele teve um crescimento muito forte de 2017 para 2018. E para 2019, mesmo com as incertezas, o que esperamos para o mercado onshore é crescer mais 25% neste ano.

 

Fonte: https://petronoticias.com.br/archives/129908

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